13 junho, 2008

A outra AMIGA

Será que não vais considerar uma ousadia,
O facto de eu te ver como uma amiga
Pois confidenciamos mutuamente,
Como se a nossa amizade fosse antiga.

É que nem sei explicar a empatia
Que senti quando nos conhecemos,
Sabemos o que vai num coração de Mãe
Como é difícil ser mulher, compreendemos.

Às vezes ao falarmos com alguém
Que compreenda a nossa situação,
Sentimo-nos mais leves, faz-nos bem
Alivia-nos o peso que vai no coração.

A vida é p`ra nós a longa caminhada
Por vezes temos luz, outras escuridão,
E quando no caminho há uma encruzilhada,
Precisamos de alguém que nos estenda a mão.

E se esse alguém também sabe o que é estar perdido…
Talvez juntos possamos achar uma saída.
É urgente encontrar um rumo, um sentido
Para recomeçarmos nossa vida.

Recomeçar, nem sempre é impossível!
Mas o difícil é achar o bom caminho…
Teremos que seguir em frente sempre em busca
De outro viver que nos dê mais carinho.


Vivermos uma vida fria e sem amor
Faz-nos também arrefecer a alma,
Ficamos tristes incapazes até,
De ver o lado bom da vida com alegria e calma.

A esperança abandonou-me, a alegria também.
Ando em busca de algo que de novo mas traga,
É difícil viver sem um rumo preciso,
Faz-me sentir vazia, ansiosa e amarga.

Preciso de uma amiga que seja como tu,
O desalento invade este meu coração.
Escuta-me! Ajuda - me preciso de conforto
Preciso de alguém que não me largue a mão.

Perdoa, pois por vezes quando falo contigo,
Esqueço que não sou única, há quem sofra também.
Não é por mal, mas por vezes esqueço
Não estou só na tormenta, há sempre mais alguém.
Mas nossa tempestade, p`ra nós é muito grande,
Mas é-nos proibido perdermos a esperança,
Pois o sol brilhará de novo em nossa vida
Pois passada a tormenta, virá sempre a bonança.

Muito obrigada por me teres escutado,
Algumas vezes também precisarias
De alguém p`ra te ouvir e te fazer pensar…
Que esta vida na terra também tem alegrias.

a uma pessoa por quem tenho carinho especial

É-me dificil descobrir palavras certas,
P´ra transmitir o que me vai no coração,
Papel e lápis é que sempre me ajudaram
As alegrias e tristezas se soltaram,
E em silêncio saem pela minha mão.

Por isso hoje no silêncio do que escrevo,
Apesar de sentir as mãos crispadas,
Com simplicidade eu queria conseguir
Do fundo do meu coração te transmitir...
As palavras que sinto sufocadas.

Palavras certas p`ra dizer que te admiro!
Palavras certas p`ra dizer que te agradeço...
Teres ouvido o que disse em desespero,
Que me perdoes por tudo eu espero,
O tempo que me ouviste eu nem mereço...

Até às minhas filhas deste a mão,
MINHA DÍVIDA, só DEUS pode pagar,
Em minha oração de cada dia,
Peço que ELE te traga AMOR E ALEGRIA,
E que a teu lado ELE possa sempre caminhar.

Perdoa pois por vezes eu esqueci...
Que a vida não é fácil p´ra ninguém,
E teus problemas esqueceste por momentos
Para escutares de uma louca os seus lamentos,
Deste-me a mão e ombro amigo também.

DESCULPA, por teu tempo eu roubar,
Tentei sómente, fazer-me compreendida,
És sensível, batalhadora, um coração cheio de amor,
Desejo que todos saibam dar valor
À sorte de te terem como AMIGA.

à minha AMIGA

Achei graça a uma história
E a quem ma veio contar,
Que foi a protagonista
Que tem costela de artista
Por tão bem representar.

Imaginem vocês bem...
A história que ela inventava,
Que no controle do estudo,
Seu marido carrancudo.
Os trabalhos controlava!!!

E ela com tanto medo...
Quase lhe dá p`ra fugir...
Tem que parar no caminho
E arranjar um cantinho
P`rós trabalhos corrigir.

Quando está tempo de chuva,
E tem que seguir viagem,
Ou fica feita num pinto
Ou os trabalhos a limpo
Só os passa na garagem.

Se o tempo for de geada,
É de caneta na mão
Que por causa de uns cretinos
Là no Vale de Picassinos
Ela faz a correcção.

Ainda bem que nós sabemos
Que isto é ficção da pura,
Pois com um marido assim tão duro
Mesmo no Vale e no escuro
Ela estava mais segura!!!

Viver? Porquê?

Quanta amargura eu guardo no meu peito
Diz-me porquê Meu Deus, qual a razão
Sinto-me rastejando pela vida,
Sou um farrapo, qualquer coisa esquecida...
Que ficou para trás deitada ao chão.

Vivo uma vida que já não desejo,
P`ra nada sirvo... NÃO QUERO VIVER,
Meu Deus, ÉS PAI, não gostas por certo,
De me ver cambalear neste deserto,
Chorando cada dia o meu sofrer.

Deste-me a vida, de nada serviu,
Não posso com minha vida acabar...
Eu só irei p`ra outra vida ... não sei quando...
E aqui na terra cada dia vou chorando,
Estou à espera que tu me venhas buscar.

Peço PERDÃO, devia AGRADECER,
Pois há quem tenha verdadeiro sofrimento,
OBRIGADO MEU DEUS p´lo que me deste
As filhas que um dia me entregaste
E que amo mais a cada momento.

02 junho, 2008

O Fascínio do Mar

O fascínio do Mar
Fiquei a olhar o céu todo anilado,
Naquele fim de tarde à beira mar
As ondas que chegavam a meus pés
Pareciam a areia branca querer beijar

Ao longe o sol baixinho e dourado,
Uma esteira de cor deixa ficar,
Nas ondas o reflexo do ouro
Extasiada, fico ali a olhar.

E entretanto o sol desapareceu,
E eu ali parada a meditar!
Que fascínio é este que eu tenho?
Porque sou atraída pelo mar?

É quase noite! A escuridão desceu,
Só as estrelas é que se deixam ver.
E as ondas continuam murmurando...
Falam comigo sem eu as compreender.

Minhas Filhas

A maior riqueza que existe neste mundo,
É para mim um bem sem ter igual
MINHAS FILHAS
Meu bem mais precioso
DEUS
Eu te peço proteja-mas do mal.

Aquilo que te peço para elas,
São os valores mais importantes nesta vida
A saúde, a alegria, a felicidade
E que vejam sempre em mim
UMA GUARIDA

Quem nem dera ser uma mãe perfeita,
Mas não sou!
E nem serei capaz,
Em consciência, sou a mãe que sei
Dou-lhes o meu amor, por isso estou em paz.

Gostava também que me entendessem,
P`ra elas é difícil, eu sei bem.
Mais tarde... um dia,
Irão compreender,
Quando sentirem na pele o que é ser mãe.

Peço-te meu Deus, faz com que entendam
Que é difícil ser mãe,
Mas mesmo assim,
A coisa mais feliz da minha vida
Foi senti-las crescer dentro de mim.

Pesadelo

Naquela madrugada ainda cedo,
Acordei, mas ainda estremunha,
Tinha a face alterada pelo medo
Do pesadelo com que fui atormentada.

Meu coração batia descompassado,
Tinha lágrimas dos olhos a brotar,
Tentava esquecer o pesadelo
E as imagens que teimavam em ficar.

Se os sonhos são o reflexo da mente,
Tenho que reconhecer que ando perdida.
No pesadelo enfrento uma tormenta
Tal como estou enfrentando em minha vida.

Num barco já meio despedaçado,
Ando à deriva e um mar revolto enfrento!
Ondas gigantes se abatem sobre mim
Tento remar contra a maré e contra o vento.

Tento esquecer e com o passo lento
Me encaminho p`rá janela devagar,
E oferecendo o meu rosto ao vento
Sinto algum alento ao respirar.

Olhei p`ró céu que uma névoa encobria,
Algumas estrelas davam a despedida,
Impaciente pelo amanhecer
Para que o dia trouxesse nova vida.

A Vida é um Livro em Branco

A vida é como um livro em branco
Página a página são como dia a dia,
Momentos que são linhas a escrever,
E haverá as que nos vão fazer sofrer,
Mas também com muitas folhas de alegria.

Páginas que por vezes estreitecem,
Retratando a senda desta vida,
Mas à qual permanecemos arreigados,
Apesar das batalhas que travamos
Há que ganhá-las mesmo que façam ferida.

De livro aberto como estando já no Limbo,
Ditoso aquele que seu livro pode encher,
Com páginas de cores coloridas,
Ávidos de folhas bem vividas,
E que toda a gente pode ler.

Que nunca por cada página escrita,
Haja vestígios de linhas dissolutas,
Para escrever o dia a dia, necessita
Por cada erro, sentir a alma contrita,
Virar a folha, ir novamente à luta.

Fazer um livro espesso e muito rico,
Devia ser para todos um desejo,
Página a página demonstramos a coragem,
E assim mostrar que percebemos a mensagem,
De Deus ao dar-nos este ensejo.