02 junho, 2008

Pesadelo

Naquela madrugada ainda cedo,
Acordei, mas ainda estremunha,
Tinha a face alterada pelo medo
Do pesadelo com que fui atormentada.

Meu coração batia descompassado,
Tinha lágrimas dos olhos a brotar,
Tentava esquecer o pesadelo
E as imagens que teimavam em ficar.

Se os sonhos são o reflexo da mente,
Tenho que reconhecer que ando perdida.
No pesadelo enfrento uma tormenta
Tal como estou enfrentando em minha vida.

Num barco já meio despedaçado,
Ando à deriva e um mar revolto enfrento!
Ondas gigantes se abatem sobre mim
Tento remar contra a maré e contra o vento.

Tento esquecer e com o passo lento
Me encaminho p`rá janela devagar,
E oferecendo o meu rosto ao vento
Sinto algum alento ao respirar.

Olhei p`ró céu que uma névoa encobria,
Algumas estrelas davam a despedida,
Impaciente pelo amanhecer
Para que o dia trouxesse nova vida.

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