30 julho, 2008

Vento que passas, de onde vens?
Diz-me por onde é que passaste...
Diz-me o que viste por favor,
Se pelas terras por onde andaste
Viste ou tocaste o meu AMOR!

Não o conheço, não sei quem é,
E por ele espera meu coração.
Enquanto só, está triste e frio,
Está chorando neste vazio,
No vale da sombra e solidão.

Olho p`ra trás, fico a pensar,
Como é que tudo aconteceu,
Outrora cheio de emoções,
Hoje só tem recordações,
Do Amor que tinha e que morreu.

O que enche agora meu coração,
E me dá alento também,
São minhas filhas e seu AMOR,
Ajudam-me a esquecer a dor
Não sou mulher, mas ainda sou MÃE.

Porquê?

Mais uma vez aqui estou p `ra te dizer,
Que cada dia que passa é um tormento,
Eu não consigo viver sem teu amor,
E até quando vou aguentar a dor...
Que me trás tristeza e sofrimento.

Penso como será a minha vida
Quando vier o inverno, a escuridão...
O frio vai invadir a minha alma,
Meu coração me aperta, não tem calma
Mata-me aos poucos na minha solidão.

Um farrapo que não serve para nada,
A coisa inútil que já ninguém quer!
É o que sinto que sou neste momento,
Por isso eu atravesso este tormento,
De não me sentir uma “ mulher”.

Como mulher não fui o que querias,
Dei o melhor de mim, o que sabia,
Amei-te de verdade podes querer,
Saberei respeitar-te até morrer,
E ser tua mulher... era o que eu queria!

Porque me abandonaste a meio caminho?
Desta estrada que é a nossa vida...
Se noutra vida nós nos encontrarmos,
Talvez então nós possamos amar-nos,
Desde o princípio até ao fim da vida.

Abismo

Gélidas são as noites de inverno,
E é assim que está meu coração,
Indiferente ao mundo vou ficando,
Meu coração em gelo se tornando,
Sinto-me só no meio da multidão.

Como no meio de uma encruzilhada,
Perdida sem o caminho conhecer,
Num labirinto de imagens e ideias,
De sentimentos que me envolvem como teias,
E que me apertam sem me deixar mexer.

Como de pé à beira de um abismo,
Estou vacilando e de cair tenho receio,
Quero e devo ficar sempre arreigada
Pois a razão porque esta vida me foi dada,
Só noutra vida vou saber, ISSO EU CREIO!

29 julho, 2008

a todos os que estimo e amo

Caro leitor:


Tenho o grato prazer de oferecer uma recolha de alguns versos que escrevi em momentos de ócio.
Saiba que o simples facto de se dignar ler estes poemas, desperta em mim uma alegria e reconhecimento, pela atenção de que fico devedora.
Não sou escritora, tão pouco poetisa, nem espero que alguém (ainda que por complacência), queira atribuir-me tal atributo.
Procurei valorizar a minha escrita, não pelo rigor matemático da forma, mas mais pela clareza das palavras, tentando desta forma, transmitir a sensibilidade com que encaro e vejo as adversidades da vida, não só minha, como do mundo que me rodeia.
Alguns destes versos são dedicados a Familiares, Amigos, Colegas, a mim própria, ao mundo...
O meu agradecimento sincero, aos que sempre têm estado a meu lado, nos momentos em que precisei de uma palavra amiga, quando me encontrava perdida nas tempestades da vida, sempre me mostraram que há um farol que nos guia e ajuda a ultrapassar as vagas da solidão, do desalento, da tristeza. Esse farol é a luz da amizade e do amor, que nos iluminam até ao porto de abrigo.
Para essa LUZ, muito contribuíram nomeadamente, os meus pais que me puseram neste mundo, as minhas filhas Sandra, Celina e Ângela, a minha cunhada Gorette.
Todas as pessoas por quem de variadas formas tenho estima, estão incluídas nos poemas simples que fiz e todas elas ao lerem sabem o que lhes foi dedicado.