30 agosto, 2008

Entre o verde e o desespero

Já uma vez ouvi dizer a alguém,
Que vivíamos num jardim à beira mar plantado,
De colinas verdejantes e aldeias branquinhas,
O único que tem “ a saudade e o fado”.

Este pobre jardim aos poucos vai secando,
Pois a ambição do homem por vezes desmedida,
Esquece que esse jardim é vivo e que nos dá
O ar que respiramos, e que é a própria vida.

A natureza é todos os dias agredida,
P`la mão do homem que não tem sentimento.
E pouco a pouco o verde das florestas,
Vai passando à tristeza do cinzento.

O Cimento avança, da noite para o dia,
O pouco que nos resta de verde é desprezado.
E então este país que outrora foi jardim,
p`rás Gerações vindouras será triste legado.

Pouco a pouco o verde está desaparecendo,
O pouco Que nos resta, p`lo fogo é devorado.
De jardim verdejante passamos a deserto,
Pela calamidade não há nenhum culpado.

Se os nossos governantes p`la causa indiferentes,
Não punirem o mal com justiça pesada.
Quando enfim acordarem e virem o “ Jardim”,
Verão que já é tarde e que não resta nada.


Agosto/2005

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