27 agosto, 2008

Estrada de espinhos

Em seu saber popular dizia o povo,
Que para qualquer ferida sarar,
Seja do corpo ou coração em sofrimento,
Nada melhor do que o passar do tempo,
Para o sofrimento abrandar.

Mas o meu sofrimento não abranda,
Com o passar do tempo é mais forte,
Eu não consigo apagar do pensamento,
Que só abrandará meu sofrimento,
No dia em que eu conhecer a morte.

Não posso e não quero assim pensar,
Pois vencerei os obstáculos, ainda que ferida,
Não quero afundar ou deixar-me abater,
Porque não quero minhas filhas a sofrer
Porque eu as amo mais do que a própria vida.

Peço perdão e ajuda para quebrar
As pedras que eu encontro em minha estrada,
E os espinhos que rasgam o meu ser,
Fazem-me pensar, reconhecer...
Como difícil é nossa caminhada.

P`ra onde me leva esta estrada...
Porquê este viver em solidão...
O que fiz para isto merecer,
Amei e amarei até morrer,
Pois o amor alimenta o coração.

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