30 agosto, 2008

Era uma vez...

Tive uma vez um periquito
Com penas azul-turquesa.
Sósinhito na gaiola
Devia sentir tristeza

Veio-me então à ideia
Trazer-lhe uma namorada
Que ao ver a beleza dele
Logo ficou encantada.

O seu nome era “ Branquinha”
Tal como era a sua cor,
Olhar as suas meiguices
Como era enternecedor!

Mas um dia aconteceu
Que ela deixou de voar...
E o meu periquito azul
Até deixou de cantar.

Ela ficava quietinha
Sem voar, sem se mexer
E o meu periquito azul
É que lhe dava comer.

Chegou o dia final...
Ela deixou de sofrer
E então o meu periquito,
Começou ele a morrer.

E passados pouco tempo!
De tristeza e solidão
Ao meu periquito azul...
Parou o seu coração

Debaixo da macieira
Eu fui os dois enterrar
Deixei-os muito juntinhos,
Como gostavam de estar.


Dedico estes versos a um casal de periquitos que tive e cuja história é mesmo como contei. Ele morreu alguns dias depois da fêmea, que esteve paralisada algumas semanas, sendo alimentada por ele que dormia no fundo da gaiola, em vez do poleiro para não a abandonar. Há animais mais amigos do que alguns seres que se dizem humanos.

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