30 agosto, 2008

Indiferença

Certa vez ia a passar
Numa cidade distante
Quando vi no chão prostrado,
Ali jazia deitado
Um homem de certa idade.

Indiferente p`ra quem passa,
O seu olhar apagado,
Ele ia esticando a mão
Todos diziam que não
E nada lhe era deixado.

O que será que pedia?
Algo para se aquecer
O dia estava acabando
Ela estava tiritando
Com frio estava tremer.

A noite chegou por fim,
A rua ficou deserta,
P`la sociedade esquecido
Soltou um leve gemido
Esperando uma porta aberta.

Chegou o amanhecer,
Já não se ouviam seus ais,
Um velhinho ali passou
E por auxílio chamou,
Mas era tarde demais.

Fevereiro/2006

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